30 LUGLIO

 

 

 

Pe. LUÍS FERNANDES PISETTA

 

NATO:                                Trento – 26.04.1901

ENTRATO:                         Verona – 4.11.1912

Chegou ao Brasil                 20.05.1923

Professione perpetua           ottobre 1923

SACERDOZIO:                   Campinas – 6.02.1927

MORTO:                             Ribeirão Preto (S. Paolo) – 30.07.1979

ETÀ:                                    78 anni

 

Pe. Luís nasceu em Trento, no dia 26 de abril de 1901, de Luís e Maria, e foi batizado na velha igreja de São Pedro na mesma cidade. Os pais, profundamente cristãos, tiveram cinco filhos, quatro dos quais abraçaram a vida consagrada a Deus: Carlos foi missionário Comboniano, Maria tomou-se Filha da Caridade de São Vicente de Paulo, Luís e Francisco entre os Estigmatinos. Guido, o último, viveu poucos dias somente.

A Família Pisetta era particularmente unida por amizade e veneração ao Instituto dos Bertonianos (nome dado aos Estigmatinos em Trento) e foi com muita espontaneidade que dois dos seus filhos foram oferecidos, com alegria, a nossa Congregação. Pe. Luís tornou-se estigmatino nos anos em que a Congregação tomava um novo impulso, pelas obras que desenvolvia, um pouco em cada lugar, na Itália, nos Estados Unidos, no Brasil.

Depois de uma década de trabalhos missionários no Brasil, os nossos padres decidiram abrir um seminário. Mas o número de sacerdotes que aqui trabalhavam era insuficiente para atender uma obra tão delicada.

Para essa tarefa foi escolhido Luís com um outro contrade (João B. Consolaro), ambos jovens estudantes de filosofia. Feita a primeira profissão em 1920, em 1923 - ainda professo temporâneo - cheio de entusiasmo partiu para o Brasil e foi nomeado assistente do novo seminário de Rio Claro, no Estado de São Paulo. Em outubro de 1923 foi admitido a profissão perpétua. No dia 6 de fevereiro de 1927, cheio de entusiasmo, foi ordenado sacerdote em Campinas.

Atém de cuidar do seu seminário que prosperava em vocações, aos domingos Pe. Luís percorria os vários bairros nos arredores de Rio Claro, evangelizando e recolhendo para o seminário tudo o que as generosas famílias de origem italiana ofereciam para a manutenção dos jovens estudantes.

Em 1936 foi nomeado vigário de Casa Branca. Aí fomentou uma devoção especial a Nossa Senhora sob o titulo do "Desterro". Ainda hoje o seu Santuário é um centro mariano que abrange toda a região oriental do Estado de São Paulo. A sombra desse Santuário fundou uma casa de formação para os Irmãos Coadjutores, que leve grande importância na Provincia.

Pe. Luís era um homem profundamente fiel a Deus, à Igreja, à Congregação.

Foi um homem de vida austera, no sentido de que era incapaz de tirar um descanso, ou um momento de folga.

Sua vida sacerdotal foi dividida em dois periodos.

Durante o primeiro periodo esteve ocupado com cargos de responsabilidade dentro da Congregação.

Em 1940 foi escolhido como Visitador e em 1944 tornou-se o primeiro Provincial da Provincia de Santa Cruz. Pe. Luís dirigiu a Provincia por 10 anos. Foram anos difíceis.

A guerra mundial interrompera toda comunicação com a Cúria Geral.

Era preciso "arranjar-se", decidir mil coisas com aquele "bom senso" e com a "tenacidade" que sempre caracterizou sua vida.

Depois de junho de 1950, o segundo periodo da sua vida sacerdotal. A realização de um sonho antigo: a fundação de um Instituto secular feminino: "Servas de Jesus Sacerdote", que se empenhassem num serviço total e exclusivo em auxilio dos vigários e dos sacerdotes nas paróquias. Foi inciciado com oito membros.

Foi necessária muita firmeza e perseverança para vencer todos os obstáculos iniciais.

Durante 28 anos Pe. Luís foi assistente e orientador do Instituto por ele querido e fundado, que na sua morte superava os 200 membros.

Morreu santamente com a idade de 78 anos, no dia 30 de julho de 1979.

Com licença especial do Governador do Estado, seu corpo foi sepultado na Capela da Casa Mãe das "Servas de Jesus Sacerdote" em Ribeirão Preto.

Além do seu trabaiho dentro da Congregação, foi sempre um grande conselheiro espiritual de uma infinidade de jovens e senhoras. Grande é o número de religiosas encaminhadas ao convento por ele. E não é menor o número de leigos atuantes em paróquias. Assim, quando em 1950, fundou as "Servas", tinha já uma base bem sólida para seu recrutamento.

Foi também diretor espiritual de muitos sacerdotes e religiosos. Em Ribeirão Preto era o mais procurado. No dia do seu enterro, uma boa parte dos 50 sacerdotes que concelebraram, eram seus penitentes e dirigidos.

Aqui é suficiente isto, pois, está sendo preparada uma biografia completa dele, a pedido das Servas. Já está publicado um pequeno volume com suas reflexões espirituais feitas no ano de 1977. Tem por título “A Minha Pequena Via”.

Na década de 1950, quando Ribeirão Preto, tinha ainda um só semáforo, perto da Praça XV, Pe. Luís tinha um carro pequeno "Prefect", se não me engano. Funcionava quase que por milagre.

Um dia ele descia a rua e atravessou o sinal fechado. Imediatamente o guarda apitou e foi atrás dele. Alcançou-o quase no meio do quarteirão. - Padre o senhor não viu o sinal e não ouviu o apito?

- Sim, vi e ouvi.

- Então, por quê não parou? E o Pe. Luís apontando para o freio do carro, respondeu: - Fale com ele. Eu o apertei, apertei, e ele so parou aqui.

O guarda sorriu e mandou que ele tivesse mais atenção.

 

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